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liberdade de comércio e pela manutenção do ouro como garantia
do poder do dólar; depois, a exigência de acordo de estabilização
monetária entre os Estados Unidos e os outros países capitalistas
dominantes, especialmente os da Europa, o que permitiu que a
reforma nos países capitalistas europeus fosse financiada pelo sis-
tema monetário do dólar; em terceiro lugar, o estabelecimento de
uma relação “quase imperialista” dos Estados Unidos com todos os
países subordinados não socialistas, que gerou “superlucros” para
os primeiros, os quais puderam garantir a estabilização e a reforma
da Europa e do Japão, no período que se seguiu.
Assim, a partir de 1944 se inicia um ciclo econômico de larga
escala, período de continuidade histórica do desenvolvimento ca-
pitalista monopolista, agora capitalismo transnacional. A primeira
fase desse ciclo é marcada por um crescimento inusitado da so-
ciedade capitalista e por grandes acontecimentos: internacionali-
zação do capital, terceira revolução industrial, nova tecnologia da
indústria militar, incipiente indústria espacial, informática e re-
construção da Europa e do Japão, que criaram as condições para o
capitalismo multipolar (Estados Unidos, Comunidade Econômica
Europeia, Japão), mas também para a conformação do bloco socia-
lista. A contradição entre os sistemas dá início à Guerra Fria, pe-
ríodo marcado por relativo equilíbrio econômico, político e militar
entre os blocos de poder: o capitalismo liberal e o sistema socialista,
capitaneados, respectivamente, pelos Estados Unidos da América e
pela União Soviética.
O sistema delineado em Bretton Woods entrou em crise, a partir
do final da década de 1960, com a continuidade das lutas operárias
e o consequente aumento dos custos da estabilização e do refor-
mismo (nos EUA, na Europa e no Japão), bem como em face das
lutas anti-imperialistas e anticapitalistas nos países periféricos (que
impediram a manutenção do superlucro imperialista) . Com isso,
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47 Hardt et Negri, op. cit., m.p.
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