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períodos normais de crescimento... A questão da austeridade e seu
            efeito é irrelevante agora porque não precisamos de austeridade.”
               No livro “The Predator Nation: Corporate Criminals, Political
            Corruption and the Hijaking of América”, Charles Ferguson, di-
            retor do celebrado documentário Inside Job, desfila trechos de
            artigos escritos por Hubbard às vésperas do crash de 2007/2008.
            Pontificava, então, o professor de Columbia: “O desenvolvimento
            do mercado de capitais nos Estados Unidos aperfeiçoou a alocação
            de capital e dos riscos. Isso deu maior estabilidade ao sistema ban-
            cário americano, proporcionou mais empregos, salários mais eleva-
            dos, recessões menos frequentes, mais brandas e uma revolução no
            financiamento de imóveis residenciais”.
               Mais adiante, prosseguiu em sua apoteose mental: “O desenvol-
            vimento dos mercados de capitais ajudou a distribuição mais efi-
            ciente dos riscos. Essa capacidade de transferir riscos facilitou a in-
            clinação a assumi-los, mas essa maior inclinação não desestabiliza
            a economia. Assim, os mercados financeiros asseguram o direcio-
            namento dos fluxos de capitais para os melhores usos e (garantem)
            que as atividades de maior risco e maiores rendimentos tenham
            funding sólido.”
               O penitente Hubbard deixou herdeiros que compartilham suas
            opiniões maviosas sobre a “eficiência” dos mercados de capitais.
            Depois do crash de 2008, a maioria dos economistas do mains-
            tream fechou os olhos para a nova bolha que se formava nos mer-
            cados, no rastro da grana espargida generosamente pelos Bancos
            Centrais.
               Na maré alta do Quantitative Easing, os “mercados” se dedi-
            caram, mais uma vez,  ao esporte radical de formação de  novas
            bolhas. O poderoso lobby da finança conseguiu a sobrevivência
            da desregulamentação financeira, o que facilitou o envolvimento
            dos bancos no financiamento de posições nos mercados de capi-
            tais e em operações “fora do balanço”, sobretudo as que envolvem
            derivativos.



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