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os perdedores (salário desemprego, renda básica, etc), em outras,
               como a nossa, eles são de segunda categoria, cheio de furos e às
               vezes não abrem, mas há lugares, como nos países mais pobres, em
               que simplesmente não há paraquedas e as pessoas vão para o (ou
               nunca saem do) abismo da miséria.




               As respostas dos progressistas aos dilemas da
               economia de mercado


                  Como os keynesianos rebatem a essa argumentação de que as
               leis do mercado, embora sociais, têm a mesma objetividade e força
               de coação que as leis naturais? Na verdade, seus diagnósticos e
               receituário não vão no sentido de suspender ou mesmo abolir da
               leis do mercado. Parece que, no fundo, eles não acreditam que elas
               podem ser suspensas ou contrariadas. Por isso, eles não criticam
               nem vislumbram um mundo onde não haja necessidade de merca-
               dos, capitais em concorrência, lucro, trabalho remunerado, cresci-
               mento econômico e de produtividade etc.
                  Mas os keynesianos creem que os mercados podem e devem
               ser regulados pela ação estatal que, em última instância, depen-
               de de decisões políticas. Para ser mais preciso, os keynesianos não
               desafiam as leis do mercado, mas acreditam que as sociedades,
               por meio de decisões políticas, podem se adaptar melhor ou pior
               às suas intempéries, utilizando o peso do jurídico, econômico e
               político estado para forçar a melhor adaptação possível. Para isso,
               eles insistem em três ações necessárias dos estados para a correção
               dos mercados, todas inspiradas no keynesianismo dos anos doura-
               dos do estado do bem-estar social:
                  1. Propõem que o estado force um ponto de partida realmente
               igualitário para as pessoas no jogo do mercado, ou seja, que todos
               tenham efetivamente uma boa educação, um bom atendimento de
               saúde, alimentação e moradia, enfim, que as famílias pobres (dos



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