Page 105 - Ação integrada de formação de professores
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A aprendizagem consiste em desenvolver capacidades que nos permitirão construir
nosso próprio percurso de conhecimento. Como diz a poeta Adélia Prado: “Não quero
a faca, nem o queijo. Quero a fome”. Considerando que vivemos numa sociedade em
constante transformação, precisamos aprender a querer, a buscar, a compreender,
selecionar e transformar informação em conhecimento, e utilizar novas ferramentas
para potencializar nosso aprendizado e criar nossas formas de compartilhá-lo (Excerto
de escrita - no Glossário - ambiente virtual, Ago, 2018 ).
Neste percurso, para aprofundar os pressupostos teórico-metodológicos da perspectiva
dos projetos de trabalho enquanto metodologia interdisciplinar de ensino e de aprendizagem,
coletivamente, refletimos sobre os possíveis mecanismos/instrumentos a serem utilizados
para a vivência e o acompanhamento do percurso pedagógico docente, incluindo tecnologias
digitais contemporâneas. “Através do uso das novas tecnologias, o sujeito que aprende,
investiga, experimenta, inova e tem a possibilidade de melhorar e transformar o contexto
social no qual está inserido tem a possibilidade de melhorar o mundo” (Excerto de escrita - no
Glossário - ambiente virtual, Ago, 2018).
Assim, vivenciar práticas pedagógicas na modalidade EAD para compreender por meio
do curso de formação continuada as contribuições das tecnologias digitais nos processos de
ensino e de aprendizagem foi algo potente. O ambiente virtual de aprendizagem possibilitou
interações subjetivas sobre a gestão do processo educativo pedagógico, sua organização
e planejamento, como também orientou comunicações, fóruns e outras conversas sobre a
importância das reuniões pedagógicas, como interconexões necessárias à docência e à gestão
na Educação Básica, atribuindo a estes fazeres um sentido mais vivo de espaço de formação
continuada.
Assim, as narrativas dos gestores e professores cartografadas nas oficinas, nas rodas de
conversas, nos fóruns de discussão e nas atividades postadas foram elementos centrais para
seguirmos um percurso de aprendizagem coletiva sobre cada tema proposto no eixo. Além
disso, tais narrativas são o pano de fundo da investigação que oportunizou o conjunto de
reflexões que compartilhamos neste capítulo, pois se densificam nesse campo de estudos pelo
viés da subjetividade.
Essa experiência, que envolveu subjetivamente cada um dos participantes, em oficinas
e em outros espaços de aprendizagem, oportunizou também o encontro e a produção autoral
de gestores e professores com referencial teórico diversificado e as tecnologias digitais. A
nós, coube acompanhar os percursos e cartografar no fluxo, esse exercício de autoria e de
potencialização das vivências do conhecimento nas redes constituídas, a partir das experiências
afetivas e cognitivas dos professores/gestores.
Os participantes apresentaram e passaram a compreender melhor os espaços de atuação
nas escolas, como importantes não apenas para o ensino de conteúdos aos estudantes, mas
também para construir novos modos de aprender e de estar junto com a comunidade escolar e
seu entorno, conforme ilustra o excerto abaixo:
Na escola que trabalhamos, estamos desenvolvendo esse ano o Projeto Aula Ponte. Esse
projeto foi baseado na famosa Escola da Ponte em Portugal, e busca como primeiro
objetivo a interação entre alunos de diferentes turmas, em diferentes níveis de
AÇÃO INTEGRADA DE SUMÁRIO 104
FORMAÇÃO DE PROFESSORES