Page 93 - Ação integrada de formação de professores
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O ENSINO ATIVO COMO UM CAMINHO PARA A EDUCAÇÃO
                                 BÁSICA FORMAL DE MATEMÁTICA




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                  Ricardo Lauxen , Maria Christina Schettert Moraes , Adriana Cláudia Schmidt ,
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                                           Maria Lourdes Backes Hartmann      4



           Reflexões introdutórias: O contexto e a necessidade


                 A qualidade da educação e os caminhos que ela precisa tomar para enfrentar as
           necessidades do século XXI é pauta recorrente na sociedade, o que implica a necessidade e a
           urgência de as instituições educacionais refletirem sobre a qualidade desde a Educação Básica,
           no sentido de repensarem a prática docente desenvolvida nas escolas e o processo de ensino e
           aprendizagem.
                 A Lei nº 9.394/96 (LDB), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e
           define o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica, aponta entre suas finalidades,
           a preparação para o trabalho, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento
           crítico do educando. Essas finalidades não são desconexas, uma vez que não é possível obter
           autonomia intelectual e estar preparado para o trabalho sem que o aluno tenha desenvolvido
           o pensamento crítico.

                 Está enraizada na Educação Básica formal brasileira, a ideia de que a matemática deve
           ser ensinada apenas em sala de aula, com aulas expositivas, nas quais o aluno é apresentado a
           soluções padrões de problemas e os exercícios servem apenas para que ele, por similaridade,
           repita o padrão, apenas com valores diferentes. Essa estratégia, na qual o aluno desempenha
           um papel passivo na construção do conhecimento, leva o aluno a encerrar este período de
           ensino com dificuldade de interpretar os problemas matemáticos e apresentar uma solução
           lógica para o problema. Problema semelhante se verifica em todas as disciplinas de ciências
           exatas. Da Costa e Moreira (2011, p. 263), que investigam e analisam este problema do ponto de
           vista da física, área correlata à matemática, constatam que “diferenças aparentemente pequenas
           no enunciado de problemas podem representar grandes dificuldades para os alunos […]”.

           1   Bacharel e Mestre em Física. Professor da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ.
           2   Licenciada em Ciências e Matemática. Mestra em Educação. Professora  da Universidade  de Cruz Alta –
               UNICRUZ.
           3   Licenciada em Matemática. Mestra em Ciências no Domínio da Modelagem  Matemática. Professora  da
               Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ.
           4   Licenciada em Pedagogia. Mestra em Educação. Professora da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ.


           AÇÃO INTEGRADA DE                                                      SUMÁRIO                   92
           FORMAÇÃO DE PROFESSORES
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