Page 149 - Garantia do Direito à Educação
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Paradoxos das políticas

                 de formação continuada

                 de professores na “sociedade

                 do cansaço”: ponderações críticas




                                                          Roberto Rafael Dias da Silva












                      O presente artigo pretende estabelecer uma reflexão crítica acer-
                 ca das políticas de formação continuada de professores no Brasil, consi-
                 derando as condições de emergência do cenário que Byung-Chul Han
                 (2012) nomeou como “sociedade do cansaço”. Para tanto, produziremos
                 um breve diagnóstico do atual estágio de implementação das referidas
                 políticas; importa enaltecer, então, que não temos a pretensão de produ-
                 zir indicadores quantitativos para diagnosticar sua condição, mas priori-
                 zaremos mapear alguns dos paradoxos que perfazem sua implementação
                 contemporaneamente. Ao construirmos uma leitura crítica e compre-
                 ensiva desta questão, buscaremos problematizar a centralidade das prá-
                 ticas nas estratégias de formação de professores, a ênfase nos modelos
                 pedagógicos da formação permanente e a opção pelos procedimentos
                 de desenvolvimento profissional centrados na subjetividade do professor.
                      Para iniciar a composição deste artigo, torna-se relevante des-
                 tacar que escrever sobre a docência – em seus regimes de ação e
                 em suas possibilidades formativas – não se constitui em uma tarefa


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