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produtivos do país sejam competitivos. Eis o segredo da eficiência
chinesa: fazer o máximo com o mínimo – entre esses mínimos,
estão a remuneração do trabalho e os gastos sociais do estado.
O keynesianismo nunca esteve tão forte quanto no século XXI,
mas não o keynesianismo social-democrata dos trinta anos glo-
riosos – este perdeu competitividade, pois seus excessos salariais
e de direitos aumenta demais o custo do trabalho, além de exigir
uma imensa carga tributária para cobrir gastos sociais. A vitória
foi do keynesianismo selvagem (ou neoliberal) chinês, que está
sendo copiado paulatinamente e sem alarde pelas outras potências
industriais (EUA, Alemanha, Japão, Coreia do Sul), seja pela “fle-
xibilização” das leis trabalhistas, seja pela automação. E não será o
coronavírus que vai sensibilizar o capital para os dramas humanos.
As leis “naturais” do mercado
Trump chama o coronavírus de comunista, num apelo à infan-
tilidade das pessoas de atribuir aspectos humanos ao vírus, um
“ser” absolutamente inconsciente, amoral e apolítico, cujo único
objetivo é se multiplicar, infectando o máximo de organismos pos-
síveis. É pueril tentar humanizá-lo, ele não é vermelho, não conhe-
ce fronteiras, raças, classes sociais, não é piedoso nem impiedoso,
bom ou mal. O que podemos fazer com ele é estudá-lo e, a partir
desse conhecimento, descobrirmos formas de o combatermos, com
medidas de isolamento, internações, vacinas e medicamentos.
A mesma coisa se pode dizer do capital e suas leis, com a diferen-
ça óbvia que não se trata de um organismo biológico, mas de uma
forma social que é nosso princípio de síntese social. Durante muito
tempo, as várias esquerdas tentaram vincular o capital à chamada
classe dominante, o 1% que, de fato, é privilegiado no capitalismo.
Mas mesmo este 1% de felizardos da população mundial (alguns
dizem que são 0,1% ou ainda 0,01%) que não têm que se preocupar
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